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CRÓNICA

NUNO FIGUEIRA

Nuno Figueira iniciou a sua carreira profissional na RTP, em 1978, na produção de programas recreativos. Representou a RTP em inúmeros festivais, nomeadamente no Festival Eurovisão da Canção, no qual foi várias vezes, nos últimos quinze anos, “chefe de delegação”. Escreveu no “Se7e” e na TV-Guia. Participou em programas da Rádio Renascença, Rádio Comercial e RDP (actual Antena 1). A sua colaboração no Paju começou em 1982. E nunca cessou…

CRÓNICA DO FUTURO ANUNCIADO

Duas gerações o conheceram – agora é a sua vez. Desmontada a frase, fica claro como água. Significa que o Paju – programa de Rádio que se ouviu ininterruptamente de 1962 a 2010, não ficou preso e enredado no seu vetusto passado – e vai voltar: não já com as roupagens do passado (embora sempre tenha vivido, todos assim o consideram, bem à frente do seu tempo), mas num tempo novo que tem que ver com o tempo que vivemos.

Escrevendo agora na primeira pessoa: a minha colaboração no programa começa nos finais de 1982. E data de Julho de 1983 a minha primeira deslocação ao estrangeiro, como enviado-especial do programa ao prestigiado Festival de Jazz de Montreux.

Acompanhei, em 1984 e 93, dois europeus de hóquei em patins em juvenis, respectivamente em Noia (arredores de Barcelona) e em La Roche Sur Yon (França), e uma eliminatória da Taça dos Vencedores das Taças de andebol feminino, em 1985, acompanhando a deslocação da equipa do Oeiras a Espanha, para defrontar, na cidade basca de Hernani, a equipa local.

Acompanhei três Festivais de São Remo, dois Sequins de Ouro (em Bolonha) e três edições do MIDEM (Mercado Internacional do Disco e da Edição Musical), em Cannes. O programa levou-me igualmente, em 1997, à primeira edição do Midem Latino, uma extensão que o Midem de Cannes realizou no continente americano, e que teve lugar em Miami. E já que nos encontramos no continente americano: o Paju esteve igualmente no Festival de Viña del Mar, no Chile, e em várias edições do Festival da OTI (em Lisboa e em Valência, mas também no Paraguai, Equador, Costa Rica e México), acompanhando cantores como Teresa Mayuko, Anabela, Pedro Miguéis, Beto e Lena d’Água.

Ainda antes de sairmos do continente americano, há que fazer referência a duas importantes visitas ao Brasil (Rio e São Paulo), em 93 e 94. Aqui o objectivo era duplo: entrevistar cantores ainda não conhecidos em Portugal mas cujas carreiras já se anteviam promissoras (Adriana Calcanhoto, Netinho, Sandra de Sá, mas também as já consagradas Joanna e Alcione, entre outros), e actores, esses sim bem conhecidos das telenovelas que passavam à época (Armando Bógus, Tânia Maria, Ary Fontoura, Eloísa Mafalda – a Maria Machadão da Gabriela… –, a recentemente falecida Tónia Carrero, etc)…

O relato vai longo, por isso há que abreviar. Três notas apenas:

– o Paju esteve também presente na primeira edição do Festival da Canção Europeia, um certame que se realizou em Salónica, na Grécia, em 1991, e que juntou os 12 países (na altura eram apenas 12) que formavam a União Europeia;

– em 1995, em Brasov na Roménia, no Festival de Golden Stag, com a representante de Portugal, Sónia, uma das vozes que gravou para a etiqueta de discos Paju;

– o prestigiado (mas já “falecido”) Festival Internacional de Cinema da Figueira da Foz foi alvo da cobertura do Paju, em 1983 e 84. No segundo daqueles anos, o Festival (dirigido pelo saudoso José Vieira Marques) atribuíu ao programa o Prémio da Melhor Reportagem Radiofónica (referente ao ano anterior). Um dos vários prémios que o programa ostenta no seu museu virtual…

Em conclusão: “Duas gerações o conheceram”, assim rezava a frase publicitária que acompanhava as emissões mais recentes do Paju. Hoje, neste website, damos as boas-vindas a todos aqueles que chegaram a seguir (ao mundo da vida e ao mundo da rádio)…Entrem, vejam, ouçam, e fiquem connosco…

Nuno Figueira

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