top of page

CRÓNICA

nf - Peninsular.jpg

Nunes Forte

Locutor de Rádio

Realizador de Televisão

Para o PAJU

Colaborei inicialmente no Rádio Ribatejo em Lisboa com idas ao fim de semana a Santarém para emissões em direto. Atribuindo-me qualidades para a profissão, o diretor e proprietário, pioneiro radiofónico, capitão Jaime Varela Santos, propôs-me como locutor profissional, dizendo que contava comigo, mas que já tendo “asas” devia começar também “a voar” por outras emissoras.

Aceitei a sugestão e, sem deixar o RR, contactei Alberto Santos da Rádio Graça, perto da minha residência na capital, que sugeriu que trabalhasse com produtores independentes que então havia, o que veio a acontecer. Na mesma altura fui também a Rádio Peninsular, onde conheci pessoalmente Aurélio Carlos Moreira, que me convidou para locutor de programas da estação, nomeadamente do seu “Passatempo Juvenil”, o popularíssimo PAJU, onde fui contemporâneo de Maria Helena Falé, João Paulo Diniz e de Maria de Lourdes de Carvalho, fundadora e presidente do “Clube de fãs de Pat Boone”, também minha colega na emissora ribatejana.

A dinâmica do “Programa Juvenil” com várias rubricas, como um Top Musical com características inéditas na época, por ser elaborado com telefonemas que a equipa fazia para discotecas em todo o país, era entusiasmante para qualquer jovem radialista que podia contar - para além dos preciosos ensinamentos de Aurélio Carlos Moreira, de grande sensibilidade e de enormes qualidades humanas e profissionais - com o seu apoio para todas as ideias, sempre com total liberdade, mas com responsabilidade.

Recordo, por exemplo, os “exteriores” que fiz à porta dos estúdios, numa altura em que não havia telemóveis, nem equipamentos para reportagens em direto. Esticavam-se cabos, um para o microfone e outro para os auscultadores, por um longo corredor desde a régie à sala de espera e daí pela janela até ao passeio, iniciativa que, aos sábados à tarde, pela invulgaridade na época, atraia numerosos ouvintes que iam interagir connosco à Rua Fialho de Almeida.

Foi um tempo de excelente aprendizagem, proporcionada por Aurélio Carlos Moreira e pelo “nosso” PAJU, em que evolui e solidifiquei competências profissionais para mais de meio século de atividade na Comunicação Social.

Nunes Forte

LEIA TAMBÉM

jpd.jpg

O PAJU marcou Gerações

Sabes quem fala?

Crónica de Francisco Simões

Crónica do Futuro Anunciado

jcandeias1.jpg

O Convite

DSC_2955.JPG

Já lá vão 53 anos

bottom of page